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Archive for novembro \29\+00:00 2009

Camilo diz que meu ingles tem sotaque italiano e hoje um atendente afegao do ‘fish and chips’ perguntou se eu era italiana por causa do meu sotaque. A pergunta sempre foi constante mas achava que era por causa da pela clara, cabelo castanho e nariz enorme. E agora descubro que eh por causa do sotaque, ma che! Eh que antes de ser brasileira, eu sou do Bixiga.

Ps: Brasileiros me reconhecem a distancia, seja pelo sotaque, jeito de vestir, ou pela mistura dos tracos.

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Heranca

Mau mau, um dos meus anjos londrinos, voltou ontem para o Brasil. Ao encontra-lo na vespera, perguntei-lhe se nao estava triste. E uma colega portuguesa acha estranha a pergunta. ‘mas por que ele estaria triste de estar a voltar para a sua terra?’.  Respondo que jah acho que eu me sentirei triste quando chegar o fim de marco. A Marmota que jah mora fora do Brasil ha mais de um ano me disse uma vez  ‘minha casa nao eh lah, mas tb nao eh mais aqui’.   

Acho que pelo sorriso do Mau Mau a casa dele ainda eh na Mooca, mesmo lembrando que depois de 9 meses terah de encarar as Marginais fedorentas e a Radial Leste intransitavel. Pelos seus olhos dava para notar que ele sentirah saudade das coisas que aproveitou aqui, mas tambem estava morrendo de saudade do sotaque da Mooca, do feijao com arroz de mae, da vida com mais mimos que deixamos em Sao Paulo, dos botecos da Augusta, dos bancos da USP, do maracatu, da cerveja Original e de nao ter mais que esquentar a barriga na chapa de restaurante, que alem de cansativo eh totalmente ‘disgusting’.

Nao tenho palavras para agradecer o Maumau. Ele me deixou como herdeira de sua vida em Londres. Eu soh posso prometer que vou cuidar e valorizar as coisas que ele me deixou: sua cama, edredon, sua doce roomate, seus divertidos flatmates, o animado ambiente de trabalho, a escola, livros, o trajeto. E ano q vem, a gente vai tomar Original na Augusta pra eu contar a ele o quanto e como aproveitei a heranca dele.

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Eu sou uma garota recatada, cinica e boba a ponto de nunca ter tido coragem para comprar camisinha, muito menos de entrar em sex shop. Isso ateh vir para Londres. Nao, eu nao despiroquei ao sair da casa de mamae. Mas eh que aqui encontrei boas ideias comerciais para as meninas.

Uma amiga me apresentou um sex shop soh para mulheres proximo a Old Street. Achei a ideia um maximo (embora agora ela me disse que tem varias dessas em Sao Paulo). Parecia que estavamos numa boutique de lingeries e assim era possivel se sentir muito a vontade ao bisbilhotar as prateleiras de vibradores, calcinhas comestiveis, oleos para massagem, etc. Alem disso, a loja eh uma graca. Tudo meio cor-de-rosa, cheio de lacinhos e frufrus. (nao comprei nada, pq to dura e sem namorado, mas matei minha curiosidade)

Outra boa ideia eu encontrei no banheiro feminino do cinema. Nele, havia uma maquina em que voce pode comprar absorventes – mais do que util e apropriado – e na qual tambem eh possivel comprar camisinhas. Genial a ideia! Assim nao eh preciso passar pelo contrangimento do caixa, nem disfarcar sua compra na fila de supermercado junto a criancas curiosas ou a aposentados com reumatismo.

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A rotina me faz bem

A viagem dos meus sonhos finalmente comecou. Jah nao sou mais uma turista em Londres. Agora, trabalho, pago contas e impostos, tenho conta em banco, e ateh jah consigo dar informacoes nas ruas e no metro (com muita satisfacao). Jah nao me sinto mais fora de lugar. Nao procuro mais por amigos, amores, casa ou trabalho. Algumas coisas jah vieram, e as que nao vieram, certamente virao. Os dias jah nao passam lentos. Ao contrario. Assusto-me ao notar que jah se foram 5 semanas e cada dia que passa meu voo de volta estah mais proximo.

Em meu ultimo domingo de  folga, a camera fotografica ficou guardada e tive um dia tao comum quanto um morador de qualquer cidade. Acordei tarde, passei roupa, fui ao mercado, gastei horas no telefone (com Skype certamente), e pela primeira vez, fui ao cinema assistir filme teen sem legenda com direito a balde de pipoca e Coca-cola. Perfeito para um domingo de outono.

A rotina tao amaldicoada me parece uma das coisas mais benditas jah inventadas. A rotina fez com que eu me sentisse mais confortavel nessa cidade e foi ela quem me fez vestir Londres como uma segunda pele e sair por ai apressada. E olha que acho que ela tem me caido muito bem.

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Para ingles ver

Ao menos em Londres, as noticias sobre o Brasil chegam e eles estao longe de achar que vivemos numa selva. Ateh porque os brazucas invadiram a Inglaterra.

Alem disso, os londrinos conhecem muito de futebol, nomes de jogadores, times de futebol brasileiro, modelos brasileiras estampam as vitrines e revistas, o filme Cidade de Deus (eh alugado facilmente e minha primeira host family jah tinha assistido), sabe que sediaremos Copa do Mundo e Olimpiadas, jah ouviram falar do Rio de Janeiro, Sao Paulo e mais alguma outra cidade, como Foz do Iguacu, Salvador, ou Brasilia, que exportamos um dos melhores cafes, conhecem capoeira e jiu jitsu (e nem sabia, mas somos famosos por isso). E ainda sabem que temos muita violencia e que estamos em desenvolvimento economico. 

A principal revista britanica – The Economist – gasta nessa semana 14 paginas e a materia de capa para falar sobre o desenvolvimento economico do Brasil, mostrando-nos como um caso de sucesso. Nao eh pouca coisa e eh muito  bom que os ingleses nos vejam de forma tao prospera.

A materia pode ser lida aqui

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Does it really matter?

Mesmo sem notar, no Brasil, havia muitas coisas as quais eu me apegava, como carimbos que eu gostava de exibir. No Brasil, quando eu conhecia alguem sempre falava minha profissao, a empresa onde trabalhava, a faculdade onde me formei, os lugares em que gostava de frequentar, etc.

Eram simbolos que me posicionavam e que me ajudavam a posicionar os outros tambem, como etiquetas e rotulos. Essas eram ‘marcas’ que me davam orgulho e que eu usava para me diferenciar, talvez levemente ateh olhar os outros mais de cima.

Soh que numa viagem como essa, esses simbolos nao tem mais importancia (se eh que em algum momento eles realmente foram importantes). Aqui, nao adianta dizer minha profissao, minha faculdade ou a empresa em que trabalho no Brasil. Em terra estrangeira, eu sou soh o que sou – a forma como ajo, penso, e falo. E se os simbolos passam a nao ser importante para me diferenciar, tambem passaram a nao ser importante para que eu diferencie os outros, seja aqui ou em qualquer lugar do mundo.

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Nice people

Todo mundo me disse que os londrinos eram frios demais. Apesar de achar todos muito simpaticos, eu jah comecava a concordar com isso, quando notei que hoje eu completava 1 mes em Londres os poucos amigos e colegas que tenho aqui sao brasileiros. Mas hoje, voltei a achar que os londrinos sao muito mais que ‘polite people’, sao ‘very nice people’.

Eu procurava uma rua e pedi informacao a um ciclista. Ele me pediu desculpas por nao poder ajudar, jah que nao conhecia aquela rua e seguiu em frente. Qual minha surpresa, quando vejo o fofo do ciclista voltando em minha direcao tao somente para dizer que ele havia acabado de passar pela rua que eu procurava e voltou para me indicar o caminho. Ohhhh!!!

E ainda…no metro, eu preenchia um formulario para concorrer um trabalho e um senhor se aproxima de mim para me desejar ‘boa sorte!’ – ‘essa empresa eh boa, tomara que voce consiga. Preencha com cuidado, pois eles vao levar esse formulario muito em conta’. Ohhhh !!!

Pode ateh ser que londrinos sejam frios, mas que sao fofos isso eles sao.

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Fomos jantar num restaurante argentino (alias, foi o boi mais gostoso q jah comi na vida), eu, Pat e Dic, seu esposo ingles. Tocava uma musica ambiente que eu mal conseguia ouvir e o Dic comentou – “Essa musica se chama Golden and Brown” (dourado e marrom). Eu entendi ‘Gordon Brown’, nome do primeiro ministro britanico. 

Entao, tentando puxar papo emendo: “Dic, vc gosta do Gordon Brown?”. Dic franziu a testa e respondeu que nao. “Por que nao?”. Ele franze a testa novamente: “Vc sabe o que significa Golden and Brown? Eh isso mesmo q vc estah me perguntando?”. 

Eu digo: “Gordon Brown, oras, o primeiro ministro”. Ele ri. Agora, minha pergunta fazia algum sentido. E ele me explicou que ‘golden and brown’ eh um apelido dado a heroina e por isso acho no minimo estranho eu perguntar se ele curtia heroina.

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Hah um site que resolveu meu problema quanto a me perder por Londres. Recomendo a todos que venham a Londres. O site – Transport for London, mostra algumas opcoes de caminho que voce pode fazer, usando soh onibus, ou onibus e metro, e ateh trem e barco. Ele mostra a duracao da jornada, quanto tempo de caminhada, em qual ponto descer e em qual ponto esperar seu onibus.

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Piriguetes londrinas

Hoje, a temperatura oscilarah de 5 a 11 C de acordo com a previsao do tempo. Frio suficiente para eu vestir 2 calcas, segunda pele, um sweater leve e a jaqueta mais poderosa que eu tenho. Em todos os lugares aqui ha aquecedores: nos onibus, metro, sala de aula, casas, etc. Porem, eu suponho que exista um aquecedor individual que eu adoraria adquirir numa loja de departamento. Sim, porque soh um auto-aquecedor justificaria as inglesas andando pelas ruas quase peladas num frio desses.

No Orkut, ha uma comunidade que diz: ‘pirigueti nao sente frio’. Ora, mas ser pirigueti no Brasil eh facil, agora em Londres as meninas tem muita vontade de ser piriguete para encarar shortinho na bunda nesse frio e olha que nao eh uma ou outra, sao vaaaarias londrinas usando a moda do shortinho micro, ou ‘ops, esqueci a saia em casa’. Nao eh da minha conta a roupa que elas vestem, mas elas podiam me contar onde compraram esse aquecedor para que eu ao menos parasse de congelar minhas maos.

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