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Nas prateleiras do supermercado

Algumas de suas marcas favoritas e já conhecidas no Brasil também estão nas prateleiras dos supermercados da Inglaterra, mas muitas vezes com nomes diferentes. Para não se confundir e poder fazer um pedido com facilidade, aí vai uma lista que pode lhe ajudar:

No Brasil                                           Em UK

  • Kibon                                      Wall
  • Ruffles                                     Walkers
  • Sucrilhos                               Frosties
  • Omo                                         Persil
  • Axe                                          Lynx
  • Becel                                        Flora
  • Rexona                                   Sure
  • Leite Moça                            Carnation

Além do fish and chips

Os ingleses amam fish and chips, mas é claro que o cardápio vai muito além disso. Eu passei um ano maldizendo suas comidinhas e sonhando em voltar a cair de boca no feijão, bife, pão francês, suco de melancia e mamão papaya, mas agora que voltei ao Brasil sinto saudade de algumas gostosuras  que se come com frequência por lá.

Fish and chips – eu não sinto saudade da iguaria. não vejo graça alguma em comer batata frita com peixe empanado,  mas é um clássico e você precisa provar. O estranhíssimo é que os ingleses amam alucinadamente e ainda “incrementam” com vinegre malt, para dar um azedinho à batata.  Eles também apreciam Wedges – batatas cortada em quatro, como flor, e frita, em vez da batata palito. A iguaria pode ser encontrada em qualquer esquina da cidade, do centro ao subúrbio.

English Tea – O típico English Tea é a infusão do chá preto acrescido de leite frio. Eu gosto muito e também adorava ir ao supermercado e ver a imensa variedade de sabores Twilling – deliciosos, perfumados e a preço de banana. Meus favoritos são – Gengibre e Baunilha e Nectar Africano, que vinham em saquinhos. Boas opções de ervas para infusão são encontradas na  Whittard of Chelsea, com várias lojas charmosinhas pela Oxford Street.

Um típico Afternoon Tea vem com chá, scones (pãezinhos macios com passas), cream cheese, geléia de morango,  tarteleles de frutas como blueberry (mirtilo), ou damasco; sanduiches triangulares de pão de forma recheados de pepino e de salmão defumado. O mais tradicional chá é servido no Hotel Ritz, mas você pode economizar seus pounds e provar o chá das 5 no Café Concerto na Regent Street, próximo a Piccadily Circus.

O Full English Breakfast que eu torci no nariz no começo, hoje em dia me faz sentir água na boca. Para mim, a refeição era ideal para fins de semana, em que se acorda tarde e seu café da manhã na verdade é um almoço. Além do chá, inclui torradas, feijão assado (aquele ao molho vermelho, da latinha Heinz), cogumelos refogados, tomate assado, bacon, ovos, e english sausage – algo entre a salsicha e a linguiça. Na Escócia, o prato inclui também Haggis – um processado de fígado de carneiro.


Em casa, come-se muito cereais também, inclusive tem Sucrilhos, que chama-se Frosties por lá. As padarias como as que conhecemos por aqui não são comuns, mas cafeterias como Starbucks são muito populares, seja de grandes redes, ou na lojinha do indiano. Toma-se aquele copão de café ou chá com leite no caminho do trabalho acompanhado de um muffin recheado de ovos e bacon – como o café da manhã que o McDonalds serve por aqui.

Almoço / Jantar – O Sunday roast é o prato típico composto por fatias de carne assada, bovina ou de cordeiro, com gravy (molho de carne), acompanhadas de legumes cozinhos – ervilhas, cenouras, brocolis ou brussels (couve de bruxelas, aquela que parece um repolho em miniatura) – batatas assadas ou purê, e Yorkshire Pie – essa massa assada feita de farinha e manteiga.

A culinária inglesa também conta com uma variação de tortas salgadas. Dentre as preferidas dos ingleses está a Kidney beef pie – massa assada recheada de pedaços de rim, com cebola e cogumelos. Outra tradicional é a Shepherd Pie – pure de batata recheado com carne moida (bovina ou de cordeiro), cebolas e cenouras.

Para os dias mais corridos é comum substituir almoço por um lanche caseiro, ou comprado em cafeterias e supermercados para viagem. Comumente são sanduíches naturais – pão integral com salmão defumado e cream cheese ou recheado de ovo cozido e maionese. Também compõem esse lanche/almoço rápido sucos (de preferencia os viciantes smoothies, que não são diluidos),  iogurtes com framboesa; sopas em tigelas de isopor, saladas, humous com cenourinhas, ciabatas tostadas com recheios de pasta de frango ou atum e até pequenas porções de sushi e sashimi.

Outra iguaria para os mais corajosos é o hiper popular Kebab. Se por aqui, o sanduiche ou wrap de fatias de carne de cordeiro tem pinta de bacana em kebaberias, em Londres, é o equivalente ao nosso churrasco grego, encontrado nas budegas mais sujas.

Sobremesas – Aqui, eles capricharam. Cup Cakes e muitos glaces, Muffins de Blueberry ou Chocolate; muito chocolate bom e  barato, tarts de mil berries, ginger bread (aquele bonequinhos de natal), brownie, bolo de cenoura com passas e glace, bolo de frutas, chesecakes, mousse de chocolate com menta, apple crumble – tudo acompanhado de custard (um creme leite, ovo e açúcar).

Bebidas -Guaraná e água de coco só são encontrados em em restaurantes brasileiros. Sucos verdadeiramente naturais custam fortunas. A solução são smoothies – quase um pure de fruta – vendidos em garrafas ou Tetra Parks nos mercados. Eles também tomam Ribena um concentrado de blackcurant – uma fruta que nunca vi – que lembra groselha.

Felizmente, o café não é tão ruim como eu esperava, mas não é como o nosso. Há zilhões de cafeterias por todos os lados, mas eles costumam tomar café tipo americano, mais fraco e em grande quantidade, como Starbucks. A rede tem lojas a cada quarteirão, vizinhas de outras 4 grandes redes concorrentes, de qualidade superior. Há espresso, mas são extremamente forte e curtíssimos, equivalente ao nosso café curto. Se pedir um double, virá maior quantidade, mas com um jato bastante concentrado. O bom é que usam sempre brown sugar – parente do açúcar mascavo.

Os alcoolicos são consumidos como se não houvesse amanhã, porém jamais nas ruas e transporte público, já que é proibido. As cervejas em lata e principalmente as drafts (chopp) são uma delicia,  encorpadas, mais amargas, e com sabor forte. As Ales são as mais amargas e só recomendadas para os iniciados. Não são servidas quente, mas para apreciar o sabor, a bebida é servida fria, e não estupidamente gelada como no Brasil.

Bebida de mulher é Cider – que na tradução é cidra,  uma cerveja de frutas. Minhas favoritas são de elderflower, maça, pêra e gengibre. As principais marcas são Magners, Bulmers e Gaymers. Aliás, a Ginger Ale ou Beer, apesar do nome,  são apenas refrigerantes de gengibre – e estão na lista das minhas maiores saudades. 


Drinks em baladas são risíveis – com shots mínimos de vodca – tudo muito fraco e caro. Vale mais a pena fazer esquenta em casa mesmo. Vinhos são deliciosamente baratos – italianos, espanhois, portugueses, chilenos, californianos e sul africanos, por 5 pounds a boa garrafa.

Restaurantes do mundo todo – em Londres há restaurantes do mundo todo a preços variados, muito pela influencia dos imigrantes. No Soho, há uma boa concentração de cantinas italianas; O Café Rouge é uma rede francesa bastante acessível. Dentre os orientais, a moda do temaki em SP é substituida pelo Noddles (miojo incrementadissimo) – opção barata e substanciosa para matar a fome. Próximo a Leicester Square tem a China Town com vários restaurante típicos. Também há vasta gama de restaurantes espanhois, brasileiros, mexicanos, colombianos e argentinos na cidade. Mas a grande riqueza são os Vietnamitas, Turcos, Indianos, Gregos e Tailandeses.

Hot-dog – Até isso é diferente. A salsicha que comemos eles chamam de Frankfurt, e servida com pão vira o American Hot Dog. Acompanha maionese, mostarda, catchup ou brown sauce a gosto do freguês. Para incrementar, cebola e queijo cheddar ralado (cheddar é o queijo ingles, muito gostoso, bem maturado, e não é aquele laranja cremoso que você está pensado). Já o hot dog inglês leva a english sausage, que lembra mais a nossa linguiça do que a salsicha. Essa sausage é grelhada e não cozida, e uma quantidade generosa de cebola frita vai ao topo. O cheiro que vem das barracas é alucinante.

Frutas – Um mamão papaya custa uma fortuna, então adapte-se as frutas locais. Aliás a maior parte delas, assim como leite, ovos e vegetais, são organicos. Abuse de pessego, ameixa, nectarina, cereja, blueberry, morango, kiwi, uva rosada, framboesa, maça, pera, amora. Você encontra facilmente banana, manga, laranja e tangerina a preços módicos. As tangerinas são deliciosas, mas a banana é bem menos saborosa que a nossa.

Como um conto de fadas

Sob inúmeros flashes, príncipe William e Kate Middleton anunciaram casamento. Kate é linda e eleganterríma (com vestido desenhado pela brasileira Daniella Helayel) e todos querem ver o conto de fadas entres os belos pombinhos. A ilha inteira prepara-se para jogar arroz nos noivos, uma grande expectativa para que Kate substitua a não menos bela Diana. Mas, as belas que me desculpem, minha princesa favorita é a Camilla Parker, a feia, a rotweiller, a do tampax.

Não acho nada louvável ser “a outra”, ter feito Diana sofrer, mas o que gosto é que Camilla é quase uma anti-princesa – feia e incorreta. Porém, Camilla é uma das poucas na histórias das realezas que realmente viveu um conto de fadas, em que a princesa é amada por muito e muito tempo por seu príncipe.

Desconfio de casaizinhos perfeitos, de princesas belas, elegantes, nobres, generosas, ricas e que se encaixam no padrão para ser amada por seu príncipes e seus súditos (e incluia nessa lista as primeiras-damas como Carla Bruni). Camilla mesmo feia e deselegante foi quem ganhou Charles. E mais…ganhou de uma linda e adorada princesa. Camilla é o triunfo das feias. Certamente, ela tem algo especial (como todos tem) para ser amada, mas que só seu príncipe conhece enxergar. Porque amar a Grace Kelly, qualquer um ama, né, mas Camilla…só o Charles mesmo.
ps: Por ser detestada pela opinião pública, e por ser divorciada, Camilla não poderá tornar-se rainha. Injusto!
ps2: sei que serve pra nada, mas eu queria muito estar em Londres para jogar arroz nesses noivinhos lindos. aliás, eu queria estar em Londres com qualquer desculpa furada.

Continua aqui

Depois de um mês e meio fora de Londres, passa a fazer cada vez menos sentido esse blog. Tudo continuará aqui, mas passo a escrever em um outro blog, ainda mais pessoal e digamos mais paulista.

Um dos meus professores disse que os ingleses são tão abertos às culturas de fora, receptivos aos imigrantes, e orgulhosamente multi-culturais, justamente porque tem a completa noção do que são e não tem medo de perder sua identidade.

Além de toda sua história e tradições preservadas, sua identidade é mantida com comportamentos tipicamente ingleses. No site do The Mirror achei uma pesquisa com 5 mil adultos ingleses que revela o que eles acreditam que faz deles britânicos.

Como a visão de quem vê de fora é diferente do olhar de quem vê de dentro, fiz a minha própria lista, com 30 características que ao meu ver são tipicamente inglesas:

  1. Falar sobre o clima (gostam de falar de coisas tristes)
  2. Ficar em filas pra tudo (gente civilizada faz fila)
  3. Sarcasmos e ironias
  4. Ficar bêbados
  5. Amar liquidações (Boxing day é uma loucura!!)
  6. Incapacidade de reclamar
  7. Amar viagens baratas para outros países (as despedidas de solteiras e solteiros não são apenas uma festinha, mas um pacote para Amsterdam, Barcelona, Ibiza pra despirocar muitooo)
  8. Chá com leite e bolachas para relaxar
  9. Parecer desconfortável na pista de dança
  10. Parecer desconfortável quando pessoas falam sobre emoções e não conseguir expressar suas próprias emoções
  11. Ter um inteligente senso de humor (o qual eu nunca consigo compreender)
  12. Ser politicamente correto
  13. Desejar ser bronzeado (a ponto de ficar laranja por causa das sunbeds e maquiagens bronzeadoras no inverno e vermelhaços no verão)
  14. Ter orgulho de onde vivem
  15. Ter auto-crítica aguçada e saber rir de si mesmo
  16. Ser excessivamente educado
  17. Mandar cartões em todas as ocasiões (até mesmo divórcios)
  18. Ser obcecado pela família real
  19. Ser louco pela vida das celebridades
  20. Consertar coisas da casa durante feriados
  21. Almoçar dentro de onibus, metro, trem e nos bancos das praças
  22. Ter o pub como a extensão da sua casa
  23. Ser fã de futebol e torcer por times que nunca ganham
  24. Sair da casa dos pais aos 17 anos e dividir a casa com desconhecidos até se casarem
  25. Ser capaz de comer Marmite, uma geleia amarga, que só ingleses gostam
  26. Comer Sunday Roast obviamente aos domingos
  27. Ler jornal diariamente, seja da qualidade que for
  28. Falar sempre de forma suave, mesmo algo ofensivo
  29. Ser solitário (almoçar sozinho por exemplo é super comum. Restaurantes e cafés sempre tem mesas encontadas em paredes e janelas para uma pessoa só)
  30. Se jogar em qualquer pedaço de grama assim que aparece um raio de sol

Ser e estar

Esse fim de semana recebi 3 recadinhos no msn de queridos do Brasil dizendo curiosamente a mesma frase, sendo que um nao conhece o outro. ‘Aproveita muito e nao fica de homesick, porque eu to com inveja de voce e adoraria estar no seu lugar’.

O que será que é invejável? Nao, nao é o aprendizado de ingles, que está lento, decepcionante e as vezes chato. Não é dividir a casa com mais 9, que é cansativo aos montes. Nao, nao é trabalhar como garconete e as vezes ter de lavar banheiro. Nao é conhecer pessoas interessantes, porque sinceramente, há uma multidão de brasileiros interessantissimos a conhecer. Nao é conhecer os lugares bonitos de Londres, porque um turista pode faze-lo melhor que eu.

O que invejam é essa minha vida em que se ganha responsabilidade de ter de se virar pelas proprias pernas sem a rede de protecao de familia ou amigos, mas também sem as pressões que pesam tanto nos nossos ombros. Aquele peso de ter de ser alguem na vida.

Aqui, eu sou eu, eu mesma, sem status de faculdade que curso, empresa que trabalho ou cargo que ocupo. Sem a pressao de gastar meu tempo pensando em como manter esse status pelos proximos 10, 20 e 30 anos. Aqui, eu vivo como se ninguem tivesse olhando, ou esperando atitudes de mim. “Aqui” não significa Londres. “Aqui” significa um momento em que tudo é temporario, e por saber disso, tudo tem um sabor mais intenso, e incoerentemente mais leve, porque agora eu nao preciso ser, soh preciso estar.

Ps: Esse post não faz o mínimo sentido agora, mas vi que ele estava salvo nos rascunhos do wordpress e não havia sido publicado. Foi escrito em abril, quando devia estar com muita saudade de casa, pois minha mãe e irmã tinham me visitado há pouco.
Como logo mais esse blog fecha as portas, achei que era preciso publicá-lo.

Cenário de filme

Alguns filmes em que Londres é um cenário tão relevante que torna-se quase um personagem:

Notting Hill (Um lugar chamado Notting Hill 1999)
A história de amor entre a uma grande estrela do cinema (Julia Roberts) e um pacato dono de livraria em Notting Hill (Hugh Grant). O cenário é um dos bairros mais nobres e encantadores de Londres, onde há uma famosa e muito visitada feira de antiguidades, casas coloridas, brechós com ótimas seleções e cafés e lojas bastante estilosos. A região é próxima a Kensington Garden, onde Lady Di costumava viver.

Love Actually (Simplesmente Amor – 2003)
Romance em Londres significa Hugh Grant no elenco. Em Simplesmente Amor, que também conta com uma ponta do Rodrigo Santoro, Grant intepreta um apaixonado primeiro-ministro do Reino Unido. A número 10 da Downing Street nunca teve um morador tão charmoso.

Closer (Perto Demais – 2004)
O primeiro encontro de Anna (Julia Roberts) e Larry (Clive Owen) acontece inusitadamente no Aquário de Londres e depois caminham a beira do Rio Thamis, onde ele compra balões de ar para o solitário aniversário dela. Na cena, a St. Paul está ao fundo. Um ponto essencial do filme é o passeio de Dan (Jude Law) e  Alice (Natalie Portman) em Postman Park, o jardim aos fundos da igreja de St Leonard, que tem placas com nomes de pessoas morreram para salvar outras. 

Bridget Jones’ Diary (2001) e Bridget Jones the Edge of Reason (2004)
A minha querida Bridget faz compras no Tesco, lê Jane Austen, fuma e bebe compulsivamente, mora sozinha em um pequeno apartamento – uma típica londrina. Sua casa é próxima ao Borough Market, em cima do pub The Globe. No segundo filme, eu até chorei na cena em que ela tem uma briga com o namorado Mark Darcy aos pés da Tower Bridge em um esmagador vestido dourado.

Match Point (2005)
Depois de muito filmar Nova York, mais do que um simples cenário quase um personagem de seus filmes, Woody Allen grava dois filmes em Londres. O primeiro deles – Match Point – trata de uma paixão explosiva usando o tênis (um esporte adorado pela alta sociedade inglesa) como analogia. Há cenas no museu de arte moderna, Tate Modern, rio Thamis, e o casal Chris e Cloe vão morar em um duplex em Westminster com uma vista incrível para o rio, Big Ben e House of Parlament.

meu sonho de consumo

Sherlock Holmes (2009)

O filme de Guy Ritchie sobre o mais famoso ficcional detetive mostra Londres no século XIX. A história é passada nas ruas cheias de ratos, obviamente em Baker Street, onde mora o detetive, e em uma das cenas finais, há um confronto entre o vilão e o detetive na Tower Bridge ainda em construção. As cenas de aventuras também são filmadas na House of Parlament.

Mary Poppins (1964)
No clássico musical com a inesquecível babá interpretada por Julie Andrews sobrevoa Londres de 1910 com seu guarda-chuva com poderes mágicos.

An Education (Uma outra educação – 2009)
Roteiro água com açúcar, mas com uma produção de arte e figurinos de encher os olhos. Ok, o cenário deslumbrante pelos quais os personagens principais suspiram é Paris, mas a grande maioria do filme passa-se em Londres em 1960 que também transborda elegancia. E só não tinha mais charme porque a jovem Jenny ainda não contava com The Beatles e Rolling Stones para ouvir em sua vitrola.

Jean Charles (2009)
Jean Charles – a primeira co-produção cinematografica Brasil e Inglaterra – é baseado na história do brasileiro confudido com terrorista e assassinato por agentes do serviço secreto londino no metrô de Londres em 2005. O filme mergulha no dia-a-dia da comunidade brasileira  – e aqui eu vejo algo que é muito mais familiar que o Big Ben.


Brick Lane (Um lugar chamado Brick Lane – 2007)
Um filme tocante sobre uma muçulmana de Bangladesh que aos 17 anos tem um casamento arranjado com um homem mais velho e vai morar com ele no leste de Londres, bairro chamado Brick Lane. O lado leste de Londres é conhecido por ser região de imigrantes muçulmanos, mas hoje já caiu nas graças dos jovens londrinos, tornand0-se também bairro de bares, lojas, feiras cool.

50 razões para amar Londres

Segue uma lista com 50 grandes e pequenos porquês eu amar tanto Londres:

  1. Londres tem uma beleza imponente, com arquitetura charmosa e peculiar, diferente de qualquer outra cidade no mundo. Southbank, St. Paul Cathedral, House of Parlament, Trafalgar Square são pontos centrais da cidade que eu não me cansava de ver. O antigo extremamente bem preservado dialoga com prédios modernos sem se conflitarem. E o que gosto em Londres, é que não é só o centro e seus pontos turisticos que são bonitos, mas o charme de todos seus bairros, a qualquer distância do centro.
  2. Londres é cosmopolita como poucas cidades no mundo (talvez só NY supere ou nem ela). Você ouve facilmente 5 idiomas por dia e encontra pessoas de lugares que nem imaginava que houvesse no mapa. Saris, turbantes com ternos, tunicas africanas, burcas, e microssaias. Tudo junto e misturado do jeito que eu gosto. Além da prosperidade econômica que leva imigrantes para lá, há ainda um posicionamento geográfico central e a participação na União Européia que propiciam à imigração.
  3. Povo bem-educado e gentil – os ingleses são famosos por isso e se orgulham. Não é só fama, é fato. Todas as regras de boa convivência são religiosamente respeitadas (como passagem para quem sai do metrô, manter-se a direita na escada rolante e corredores, respeitar filas, não esbarrar nos outros, etc). Eles são extremamente gentis ajudando a carregar malas e carrinhos de bebês nas escadas ou onibus, dando informações para turistas, as vezes sacando um mapa do bolso ou seu celular 3G, com extrema atenção. Linguagem de boa maneiras, como por favor, obrigada, e desculpa são usadas pelo menos 2x mais do que por nós brasileiros, mesmo aqueles bem educados e intencionados. Até as reclamações são feitas em tom respeitoso. Os rapazes então, andam sempre do lado do transito na rua, e ainda te ajudam com a tirar o casaco ao chegar em um pub ou restaurante. Ai, que eu me derreto.
  4. Parques em todas as esquinas.  A cada 10 minutos da janela do carro, ou ônibus, você poderá contar um parque público e bem cuidado –  da zona 1 a 9. Uma cidade verde e com lazer gratuito.
  5. Metrô extenso – São mais de 200 estações divididas em 12 linhas de metrô, com múltiplas soluções de conexão. (Saiba como usar aqui)
  6. Night bus – Parte das linhas de ônibus em Londres são 24 horas, o que não deixa ninguém na mão, e ajuda a voltar da balada sem depender de carro (dá pra tomar umas e outras), nem gastar com táxi. Saiba como usar aqui.
  7. Ônibus double deck – um ícone londrino. A esmagadora maioria dos ônibus são double deck, o que proporciona o dobro de espaço e assentos, ocupando o mesmo espaço nas vias. Todos são adaptados à acessibilidade no andar inferior, sem degraus e com um design muito mais inteligente do que os ônibus supostamente acessíveis de SP.
  8. Museus de graça – Todo mundo vive dizendo que Londres é cara, mas é uma das cidades mais baratas para o turista, pois a grande maioria das atrações são gratuitas, incluindo os mais incrivéis e gigantescos museus como: British Museum, National Gallery, Tate Modern, Tate Britain, Natural History Museum, Victory & Albert, Museum of London, Science Museum, Maritime Museum, etc.
  9. Homens bonitos – hmm, disso eu já falei aqui. Eles estão por toda parte deixando a cidade ainda mais bonita.
  10. Gente elegante – Há tantas pessoas que parecem ter saído de editoriais de moda que eu me sentia um lixo pelas ruas e metrô. Barriga está out, maquiagem impecável logo pela manhã, e looks com muito estilo, ousadia e feminilidade. Os homens também se vestem muito bem e de forma mais diversa do que por aqui. Ternos alinhados e bem cortados, mulheres de luvas, polainas (sem perder a classe),corte de cabelos diferentes ou presos com elegancia (sem o nosso rabo de cavalo básico), batom vermelho e delineador, broches e presilhas, sapatilhas, muito mais saias e vestidos, casaquetes e casacões, chapéus e lenços.
  11. Arquitetura preservada – Todas as casas em Londres são vitorianas ou georgianas, que remetem ao período em que foram construidas. Há pubs que datam mais de 200 anos. Lojas com 300 anos. E Igrejas com mais de mil anos. Tudo orgulhosamente irretocavel. Até os táxis compõem a paisagem, todos no mesmo modelo antigo e cor preta. Parece que tudo saiu de uma caixinha de brinquedos, com soldadinhos, carrinhos antigos, ônibus, caixas de cartas e telefones vermelhos.
  12. Rio Thamis – Para uma paulistana como eu, caminhar a beira de um rio que corta a cidade, onde pessoas andam de barco, praticam remo, pescam, ou apenas caminham, namoram e correm à sua beira, é algo apaixonante.  Outra coisa que gosto, é que à beira do Thamis não passa carros, diferente do Sena por exemplo. É lugar privilegiado para suas caminhadas com uma vista e tanto.
  13. Novo aluguel de bicicletas – já falei disso aqui.
  14. Capital da Europa – Se NY é a capital do mundo, Londres é pelo menos a capital da Europa, onde tudo acontece – estréias de cinema, musicais em cartaz há décadas, peças com estrelas hollywoodianas, as maiores lojas de grandes marcas, shows no início da turnê internacional, comidas do mundo todo, óperas e ballets com o crème de la crème, festivais de música de todos os tipos, grandes exposições de arte. Enfim, tudo para todos os gostos.
  15. Grande população de leitores – É impressionante, a quantidade de pessoas debruçadas sobre seus livros, jornais, revistas, ou mais recentemente, seus iPads que a gente vê nos trens. Sem estatística, eu chutaria algo como 8 em cada 10 usuários leem no mesmo trem. Além disso, Londres tem bibliotecas em cada bairro, charities shops onde se compra livros usados por 0,50, e bargain books shops onde se adquire um livro novo por 2,00. E você pode levar best-sellers para casa em qualquer revistaria ou supermercado em promoções de leve 2 e pague 1.
  16. Ser parte da Europa – Não parei de comparar Londres a NY, mas se há uma vantagem em viver em Londres é a possibilidade de escapar para um outro país da Europa em algumas horas, por trem, avião ou ônibus. A Inglaterra é uma ilha, mas com uma população bem menos ilhada que a dos Estados Unidos.
  17. Passagens aéreas baratas – Não bastasse a proximidade com outros países, as passagens aéreas por companhias econômicas são bem em conta na Europa. Viva a Ryanair e Easyjet! Em média, é possível voar de uma capital a outra por 30 ou 40 euros – e não estou falando de achados e promoções. Essas companhias, não oferecem luxos como lanchinhos (a menos que você pague por isso), e cobram inclusive para que você leve bagagem.
  18. Economia pulsante – A Inglaterra tem uma da moeda inabalável e um mercado consumidor sólido, e ainda com criação de emprego. É notável a diferença entre Londres e outras capitais europeias (exceto pela Alemanha), onde não se vê informais trabalhando, como estatuas vivas ou ambulantes. Todos os imigrantes parecem ser absorvidos pelo mercado de trabalho e isso é muito bom.
  19. Estado de Bem-estar social – Na terra de Adam Smith e Margareth Tatcher, o Estado ainda é um grande provedor. Saúde de qualidade completamente coberta, educação gratuita a partir dos 3 anos de idade, beneficios financeiros generosos para desempregados, para habitação, medicamentos, famílias com filhos, e até para famílias com cachorros. Raramente vemos mendigos nas ruas, e quando vemos são homens, jamais mulheres, idosos ou crianças. Vira-latas também não existem, graças aos benefícios dado para manter seu cãozinho.
  20. Liberdade e individualidade – Apesar de um Estado forte, os ingleses são pioneiros em várias leis que respeitam a individualidade, o direito de escolha do cidadão, como deve ser um Estado laico. Aborto é legal desde 1967, além de ser oferecido na rede pública. E a Inglaterra foi o primeiro país a formalizar casamento gay. Além disso, a cultura da vizinhança parece bem diferente da nossa. Se você usa uma melancia na cabeça, ninguém irá notar ou comentar. Saia curtíssima e selinho gay em público tampouco. Posso estar enganada, mas acredito que uma lei como a da proibição da burca na França, jamais seria aprovada em Londres.
  21. Queijos, vinhos, cervejas, chocolates e salmão– Eu sempre critiquei a comida em Londres, mas devo confessar que comi os itens acima de muito boa qualidade, das melhores nacionalidades, por muito pouco. No meu carrinho de compras muquirana, sempre cabia um bom vinho italiano ou francês por 4 pounds, chocolates belgas, suiços ou toblerones por 1 pound, Stella Artois por 1 pound a latinha com 500 ml, e queijos deliciosos por 2 pounds.  Reclamava de barriga cheia, não?
  22. Comidas do mundo todo – Em Londres, você come em restaurantes indianos, tailandeses, vietnamitas, italianos, franceses, turcos, sul-africanos, portugueses, malasianos, chineses, brasileiros, japoneses, e até de nyamar. O melhor é que você pode encontra-los desde lugares requintados em Chelsea, até em uma barraquinha em Camden Market ou um coma a vontade por 5 libras.
  23. Lugares comuns – Londres é uma cidade muito mais democrática que São Paulo. Com um transporte de qualidade, você encontra magnatas e homeless juntos no mesmo vagão de trem. Com ônibus noturnos, todos os baladeiros caem na gandaia e voltam embreagados de ônibus, raramente de carro. Os parques e museus são públicos. Os ingleses preferem lojas de rua a shopping center.  E tudo isso faz com que todas as classes sociais se encontrem, se vejam, se esbarrem, diferentemente de São Paulo. E eu adoro isso. Além disso, os Council Buildings, edificios populares como o Cingapura ou CDHU daqui, são construidos em toda a cidade, da periferia ao centro, porque pobre pode sim, morar no centro.
  24. Banksy – Adoro arte na rua. E Londres tem as obras de Banksy grafitadas pelos muros. ver mais aqui.
  25. Castelos – Por mais que eu ache bizarro ter uma família real nos dias de hoje, eu sou fã de carteirinha (isso é literal) de castelos. Londres tem: Buckiham Palace, residencia oficial da rainha bem no centro da cidade, e a Tower of London, um castelo que servia de prisão no século XI, à beira do Thamis e aos pés da Tower Bridge (essa mais novinha, do seculo XVIII);  Kensington Palace, onde Lady Di costumava viver, e a Hampton Court, com um jardim impressionante.
  26. Os ingleses são loucos por futebol assim como nós. Mais do que isso, inventaram o jogo, o que me faz admirá-los e me identificar ainda mais.
  27. Segurança – Essa é possivelmente uma das coisas que mais sentirei falta. Em Londres, as casas não tem portões ou garagens. Os carrões ficam estacionados na rua com tranquilidade, até mesmo os conversiveis. Pessoas usam iPads e laptops nos coletivos e cafés. Em nenhum momento, senti medo de assalto, nem mesmo ao voltar para casa sozinha de madrugada. As vezes me perguntavam se meu país era perigoso, eu ficava sem graça de responder a verdade quando questionada se andavamos com a janela do carro fechada. Isso já é tão rotineiro que nem nos incomoda mais, mas é muito bom viver com portas e janelas abertas sem medo.
  28. Canais – O que nem todo mundo sabe é que Londres tem um pouco de Veneza. Há muitos canais cruzando o leste da cidade e a região de Camden e redondezas do Regent Park. Mais um charme especial da cidade, onde você pode encontrar caiaques e pequenos barcos a vela.
  29. Outono – Para ninguém se matar com o fim do verão, Deus fez o outono. A estação do ano mais bonita de todas, apesar do friozinho. A cidade fica alaranjada e parece uma pintura com suas folhas caídas.
  30. Ruas limpas – As ruas são muito mais limpas que as de São Paulo, ou mesmo outras grandes cidades européias como Paris e Roma. Se quer sacos de lixos pretos são vistos pelas calçadas, como aqui. Toda casa tem um ou mais conteiner para armazenar o lixo que será retirado pelo caminhão de coleta.
  31. Mania de cartões – Essa mania também me pegou. Na Inglaterra, tudo é motivo para entregar um cartão. Há redes de lojas especializadas apenas em cartões, e não são pequenas, tamanho o mercado para isso. Há cartões para pessames, para aniversário separado por sexo, idades e grau de parentesco, para dar presente, para agradecer presente, para quem entrou de licença maternidade, para quem mudou de emprego, teve filho, batismo, crisma, para quem passou na faculdade, para quem tirou carta de motorista, para quem comprou casa, casou, ficou noivo e até para quem acaba de se divorciar.
  32. Seu carro não é bem-vindo. Londres não é uma cidade feita para carros. Há uma medida drástica para conter o transito na cidade – o Congestion Charge, uma taxa alta para seu carro circular no centro expandido da cidade.  Quando mexe no bolso, funciona. E hoje, Londres, uma cidade com uma população de quase 8 milhões de habitantes, pulsante, e que não têm grandes vias como São Paulo. A maioria das ruas tem uma ou duas vias apenas. A população passa a utilizar o transporte público e cada vez mais torna-se adepto a caminhadas e bicicletas. Menos poluição e transito para cidade significa mais vida para cidade.
  33. Luxos acessíveis – Carros, cosméticos, roupas, eletrônicos, roupas de cama são incomparavelmente mais baratos do que no Brasil. Além disso, era possível brincar de perua e dar uma voltinha na Harrods ou Selfridges, ou namorar as vitrines das high streets ou do Westfield em Shepherd Bush, onde tem lojas da Miu Miu, LV, Prada, Valentino, Dior, Tiffany, no mesmo piso ou calçada em que você encontra a H&M, com saias por 3 pounds. Eu, chegando de busão, jamais entraria no Cidade Jardim ou Daslu, mas lá eu posso.
  34. Top Shop, Primark e H&M – Minhas 3 lojas de roupas favoritas. A Primark tem preços surrealmente baratos. Você leva itens que não passam de 5 pounds. Não tem aquela qualidade, mas para comprar meia, leg, ou camisetinha tá bom demais. Já a H&M tem uns precinhos só um pouco mais caros, mas ainda uma pechincha que você desacredita e você ainda se sente muito na moda. Já a Top Shop, é mais carinha, mas como qualquer loja de shopping no Brasil. Porém com 10% de desconto para estudantes. O melhor é ler em revistas que uma loja até acessível é tão boa que é frequentada por modelos e atrizes como Heidi Klum e Monica Berllucci.
  35. Tesco Value e marcas do supermercado – Nós, estudantes duros, recheavamos nossas geladeiras com produtos Tesco Value, Asda e Sainsburry, grandes redes de supermercados. De detergente a iogurte. Tudo era muito, mas muito mais barato. Eu comprava iogurte a 17 centavos e pasta de dente a 30 centavos. Ainda há muitas promoções pague 1 e leve 2, e muita oferta de produtos para solteiros (o que nem sempre é fácil encontrar por aqui).
  36. Celular 3G – ainda falando sobre preços baixos, tornou-se um vicio para mim a internet no celular. Eu tinha um aparelho vagabundo, o mais barato da loja (30 a 40 pounds), e pagava 15 pounds por mês com direito a 200 minutos de ligação, mensagens e internet ilimitada. Era twitter, facebook, msn, e skype tudo acoplado ao meu celular – enquanto eu estava no onibus, supermercado, em qualquer lugar. Ai, que delicia.
  37. Quintais – TODA casa em Londres tem quintal. Grande ou pequeno, ele está lá. Para uma criança criada em apartamento em São Paulo como eu, tomar sol e fazer churrasco no verão foram eventos inesqueciveis.
  38. Opções vegetarianas – Há muito mais opções para vegetarianos: os congelados e pratos semi-prontos do supermercado, sanduíches em cafeterias e restaurantes.  Você encontra facilmente um V no rotulo do produto ou menu para identificar que o prato ou produto é próprio para vegetarianos – pois não há nenhum residuo de carne vermelha ou branca.
  39. Produtos orgânicos, free range, fair trade e green wave – Em Londres, a população exige e compra produtos produzidos organicamente, isto é, sem agrotóxicos; ovos, leite e carne produzidos free range, isto é, sem hormonios, tampouco as custas de maltratos de animais a fim de aumentar a produção; cafés e chocolates fair trade, que significa que o preço que você paga é justo o suficiente para que não haja trabalho escravo nas lavouras da América Latina. A mesma preocupação na hora da compra no mercado, também existe ao escolher um restaurante ou café, que utilizam selos que comprovam que sua matéria-prima está de acordo com esses preceitos.  A onda green também parece fazer sucesso, com preocupação maior sobre reciclagem e uso de plástico. (Ps: falei de 2 tipos de pessoas, as super eco corretas conscientes, e outras – como eu – que não resistem aos trangenicos do Tesco Value e as roupas produzidas por criancinhas chinesas da Primark. Como isso são só boatos, eu prefiro não acreditar).
  40. Flores – Além de bancas de flores com lindas tulipas que dão um charme na cidade (super baratas), ainda há muitas floreiras penduradas a postes de luz por toda a cidade, não importa o quão periferico seja o bairro. Além dos parques que na primavera ficam cheios de lirios e rosas.
  41. Impostos descritos – A cada compra feita, virá em seu recibo a descrição de que 17,5% do valor pago são referentes ao imposto. Justo e transparente.
  42. Barcos – No dia que eu ganhar na mega sena, eu vou comprar um barco casa e morar no Thamis. Sempre achei uma graça aqueles barquinhos e barcões ancorados em Kingston ou Chelsea.
  43. Pouca diferença salarial – O salário mínimo no Brasil é de R$510 para uma jornada de 44 horas. Na Inglaterra, é de 1020 pounds, caso o trabalhador cumpra a mesma jornada (o salário minimo na Inglaterra não é mensal, mas por hora de trabalho – 5,8). Não vamos nem converter para não cairmos no ridiculo. O país é próspero, mas um salário mínimo desses só é sustentado por um delta salarial muito mais enxuto que no Brasil. Assim, a diferença entre o salário do pedreiro e do engenheiro não é absurda. Logo, o status e desigualdade social também não. Consequentemente, todos respeitam o valor do trabalho de um profissional, seja ele da faxina ou usando terninho no escritório. Por isso, famílias inglesas classe média não possuem empregada domestica. Esse costume brasileiro só pode ter vindo como herança de escravidão. Porque lá, uma empregada custa muito caro (o suficiente para ela viver bem e receber o que lhe é merecido) e aqui ela só recebeu direitos trabalhistas muito recentemente, trabalha mais de 44 horas semanais, e mora muitas vezes em condições precárias, em que nenhum trabalhador merecia se sujeitar.
  44. Discrição – Já que os ingleses são finos, eles respeitam certas regras de discrição (e boa educação) que nós nos acostumamos a viver sem. Amassinhos nos cantinhos do metrô é coisa que a gente não vê. Beijão de língua no meio da rua então, nem pensar – se quer no cantinho do pub. Acho respeitoso. Approach na balada sim, mas jamais chegando junto, dizendo ´me dá um beijo´, ou puxando pelo braço. Alto lá, né? O flete é mais demorado que o nosso (lento até), e quando chegam junto, perguntam se podem te pagar uma bebida, conversam e pedem seu telefone, para então, lhe chamar pra sair. Carro com funk alto então, nenhum mano têm. Mexer com mulher na rua, nem que você tivesse esquecido a saia em casa e tivesse passado no meio da construção.
  45. Informações sobre transporte público.  Solução simples e barata que ajuda muito. Eu vivi 11 meses em Londres e 25 anos em São Paulo, mas sei andar de ônibus muito melhor em Londres, do que em São Paulo. Aqui, muitas vezes o ponto de onibus é só um pedaçõ de madeira pintado. Lá, todo ponto é identificado, um painel dentro do onibus avisa qual será o próximo ponto, assim como a parada final. Além disso, no ponto de onibus é apresentado todos os onibus que param ali, bem como qual horario passam, e qual caminho percorrem. Além de mostrar um mapa das proximidades, mostrando outros onibus que passam em outros pontos naquela região.
  46. Camden Town– só sabe quem já foi. Meu lugar favorito para passar os sábados é o famoso bairro punk. É o ponto onde todos se encontram. Turistas e nativos. Todas as nacionalidades. Todas as tribos. Todas as idades. As vezes acho que até marcianos costumam caminhar pelo mercado de rua mais famoso do mundo e ainda tomam uma pint a beira do canal e dançam na Stables, uma balada dentro de um antigo estabulo.  Camden é algo como uma galeria do rock com a dimensão de um bairro inteiro, mas mantendo do lado oposto da calçada um charme da Benedito Calixto.
  47. Músicos do metrô – A maioria das estações de metrô tem um cantinho reservado para os músicos – muito bem organizado para não atrapalhar ninguém. Eles vão com gaita, violão eletrico, teclado, harpa, flautas, enfim, vale tudo. E o melhor, a maioria são bons a beça e merecem muito as moedas deixadas em seus chapéus.
  48. Viajar de trem é mais rápido, confortável, ecológicos e economicos do que por nossas  rodovias. A melhor opção para viajar dentro da inglaterra.
  49. O clima tão maldito por todos tem um ponto positivo: deixa seu cabelo e pele uma beleza. No Brasil, alguns amigos me perguntaram se fiz tratamento lá, e respondo soando metida, que são os ares londrinos, o que é a mais pura verdade.
  50. Sotaque lindo, posh e complicado.

Homens ingleses

Uma das coisas que mais gosto em Londres, é a quantidade absurda de homens bonitos. Basta pegar o metrô pela manhã, reparar em construções, vendedores de frutas, garçons ou executivos almoçando sanduíche e salada na City para se deparar com homens comuns e deslumbrantes que no Brasil dariam capa de revista ou poster na Capricho.

Não é só um belo par de olhos azuis, ou seu porte alto e skinny, o que atrai neles. Eles também são famosos e irresistivéis por serem elegantes, se vestirem de maneira estilosa; não cultivarem barriga  (nem mesmo os coroas), ter aquele sotaque adorável e posh, um ar tímido e sério, mas simpáticos, além de serem extremamente bem-educados e gentis o tempo todo.

Eu deveria ter tirado fotos, mas fui tímida demais para isso. Terão apenas de acreditar em meu testemunho, ou se possível, conferir com seus próprios olhos.

Uma lista de homens ingleses que arrancam suspiros do mundo todo:

Irretocavelmente lindo, e os anos parecem só lhe fazer bem. Ainda por cima é tatuado.

Elegante, skinny, olhos azuis. Law é o exemplo de charme inglês, meu caro Watson

Elegante, gentil e reservado, Marc Darcy o próprio gentleman inglês

E quem resiste aos olhos e sorriso encantador de Daniel Cleaver. Uni duni ni tê...

Quem liga para um lobisomem fortão, com um vampiro desses. Pattison é a prova de que charme não tem idade, tem nacionalidade

Por que belo, se coxo?

007 só poderia ser inglês

Clive Owen, o meu favorito

Dear deers

Ótica dica de um bom passeio gratuito em Londres é o Richmond Park. Além de uma bela vista e um parque com 1000 hectares, a atração principal são os veados silvestres que vivem por lá.

Veja como chegar aqui